A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

terça-feira, novembro 29, 2005


Em Brasília chove há dias. Ingênuo que sou, pensei que poderia ser a chuva da purificação.
Puá!!!

Aliás, é engraçado quando se voa para Brasília. A primeira coisa que faço ao chegar no aeroporto de Floripa é esconder bem a carteira. Especialmente se for segunda ou terça, dias em que as andorinhas voam.

Aliás, viajei com a senadora aquela que tem um apê de milhão em Canasvieiras e postou 300 mil de out doors embora o salário declarado seja de 8 mil ou pouco mais. Feia que um raio. Fiquei a pensar. Esta mulher não vê o que gosta há mais de 20 anos. É obrigada a ter compensação na vida. Fiquei condoído.

Mas Brasília dá nojo. A gente nunca sabe se o cara do lado é deputado, senador ou pior, como se fosse possível ser pior, um lobista. Como disse um amigo meu no café da manhã hoje:

Eu vinha no avião escutando uns papos. Aí um cara reclamou que perdeu
o vôo e teve que comprar outra passagem. Ao que o interlocutor
falou:
- Se conseguires aquele negócio para mim, manda a fatura para a
minha empresa que eu pago.


Ladrão barato. Ordinário. Se pelo menos pedisse uns caraminguás com mais "sustância".

Hoje o primeiro ministro do Canadá renunciou. Causa que deu uma grana para uma agência de publicidade que não fez nada em troca. Vocês já ouviram esta história?

O abostado quer reeleição. Vou dormir porque chove em Brasília e, acreditem ou não, estou aqui a trabalho sério, honesto.

sábado, novembro 26, 2005


NADA PODE SER MAIOR!!!!!

sábado, novembro 19, 2005



Nos últimos 15 dias o cara lá de Brasília falou. Deitou falação. Até aí não é novidade, que o abostado gosta de falar mesmo. A nova é que eu tive certeza absoluta que o nome dele deveria ser Lullóquio. É irmão, mas não tem nem de longe a doce simpatia do Pinóquio. Depois foi o Sombra. Se deu mal o Sombra. Muito mal. Se o sombra não fosse bandido eu até teria sentido muita pena dele. Muita mesmo.

Mas no Brasil hoje, não dá para se ter pena de ninguém. Eles não tem dó da gente por que faríamos diferente? Até rimou, mas é verdade.

Mas ando enojado. Cansado mesmo. Aposto que 100 % dos 22 leitores, se tanto, da Vaca e o Brejo concordam comigo. E isto é a primeira vez que acontece, porque geralmente nem eu concordo comigo mesmo.

Mas o que assusta não é a roubalheira, o mensalão, a Leão & Leão (aliás, que nome bem sugestivo), os conchavos, o caixa dois, etc., etc., etc,. Isto tudo tem há tempos e só mudaram as moscas. Talvez a novidade seja a sede com que as moscas atuais vão ao pote.


O que assusta é a cara de pau. A facilidade em mentir. A falta de respeito com que tratam os cidadãos. A certeza de que acreditam que todos são imbecís, otários e prontos para acreditar em qualquer história que vomitarem.

Assusta mais ainda, a passividade de todos. Por muito menos este país já viu gente nas praças bradando por mudanças. Por muito menos Paris está em chamas. Por muito menos as pessoas manifestavam indignação.

O que está faltando? Se você sabe, conta aí.

domingo, novembro 13, 2005



Mulher gosta de falar. Nossa! Acho que mais do que político.
É uma buzinação no ouvido que só santo aguenta quieto. Para casamento dar certo é necessário pelo menos 7 anos de análise, embora o Janer diga que análise é coisa de babaca.

Eu fiz. Recomendo. Meu casamento está muito melhor. Melhor até mesmo do que nos primeiros anos, aqueles em que se está sem filho e qualquer coisa é motivo para se esticar na cama, ou sentar na mesa da cozinha, ou ... Deixa prá lá que se vocês querem saber onde mais, eu escrevo um livro sobre o assunto e ponho a venda.





Eu sei de uma história que me juram ser verdade. Tem um cara em Porto Alegre que leva os amigos para jogar poker em casa. Pois os caras estão lá sentados, jogando, bebendo, fumando. Cada vez que a mulher do dono da casa fala alguma coisa, ele levanta, vai ao banheiro e puxa a descarga. É sim, uma tremenda falta de respeito. Revoltante, até. Com certeza este cara não acredita em análise. É daqueles que pensa que isto é coisa de viado. Se você concorda com ele, adianto: viado é a mãe.

Além disto, é bom cuidar o que se diz e o que se pensa que Deus castiga. Um amigo que morou comigo no tempo da faculdade odiava psicólogos e psiquiatras em geral. Foi embora e nunca mais tivemos contato. Ano passado fui para Campo Grande e dei uma ligada para ele. Adivinhe? Ele está casado com uma psicóloga. Então, quem avisa amigo é.



Pois o Lucas, o Luquinhas, agora com 11 anos, desde novo já sacou esta mania das mulheres de falar, falar, falar e falar. Desde muito novo, aliás. Tanto que quando tinha 6 anos andou aprontando alguma e a mãe dele foi chamar na chincha.

- Filho. Vem cá.

Chamou ele para o quarto.

- Senta aqui na cama.

Ao que ele falou logo, coitadinho:

- Mãe, dá castigo mas não vem discutir a relação.

sábado, novembro 12, 2005

Nomes ...


Nomes são importantes. Muito importantes.
O lugar comum diz que a pessoa faz o nome. Para não dizer que é uma rematada tolice, concedo que é uma meia verdade.

Alguém pode levar a sério alguém que se chama Babá ou Sibá? Um zagueiro chamado Toquinho ou Zézinho? Não dá, não é mesmo? Um centro-avante, e tem, chamado de Tico serve para galhofa e piadinhas infames de torcedores e narradores.
Rogéria, a famosa travesti se chama Astolfo. Dá para creditar num viado chamado Astolfo?

Outros exemplos, mas agora pela ajuda que um nome pode dar ao dono: qualquer um se entrega a um médico com o nome do meu amigo Paulo Antonio Mangabeira Brochado. A não ser, é claro, se ele fosse proctologista. Vai que o dedo seja tão portentoso quanto o nome.

Um time dirigido por um Felipão não tem como ser frouxo.


Às vezes o nome e a inteligência dos donos não tem nada a ver com as opções que tomam na vida. Dois grandes amigos, João Alberto Kerber e Erny Menhardt Jr. só poderiam ser gremistas com estes nomes. Pois não é que escolheram ser sofredores?



Mas o mais importante é o nome de mulher. Nome de mulher, para o meu gosto, tem que ser sedoso, cheio de esses, eles e vês. Deve sugerir luxúria, mistério, maciez. Deve ser escorregadio. Prometer surpresas. Se bem que, neste caso, nome é importante mas não, não é tudo. Não é não. "If you know what I mean ..." (BROCHADO, 1875).

sábado, novembro 05, 2005


O Google existe para nos ajudar. E ajuda muito. Por Deus como ajuda. Aliás, às vezes atrapalha também, principalmente porque nos tirou do anonimato e a privacidade. Põe o teu nome na ferramenta de busca e vais te ver em lugares inimaginados. "Mas isto não pode ser", dirás ao te ver numa lista de um trabalho sobre energia das pirâmides elaborado por uma criança mormon de Utah!

Mas eu resolvi brincar com o Google hoje. Resolvi estudar a eficiência do danado para traduções. Peguei uma poesia, se é que se pode chamar assim, do meu irmão, que aliás escreve bem prá caramba no Blog dos Ventos e na Poanet.

Pois o original é assim:

Bah!

Primeiro foi segunda Caixa.
Agora são as três caixas.
Querem ver se o cara desenfaixa,
mas o golpe não encaixa.
Eta tropinha baixa,
tá na hora de mudar de faixa.
(Te abaixa).


Passei primeiro do português para o inglês, que é a única opção para a nossa língua mãe, e ficou assim:

Bah!

First it was second Box.
Now they are the three boxes.
They want to see if the face unswathes,
but the blow does not incase.
Eta tropinha low,
tá in the hour to move of band.
(it lowers You).

Aí passei do inglês para o alemão:

Bah!

Zuerst war es zweiter Kasten.
Jetzt sind sie die drei Kästen.
Sie möchten sehen, wenn die Gesichtsunswathes,
aber der Schlag nicht einhüllt.
Tropinha Eta niedrig,
tá in der Stunde zur Bewegung des Bandes.
(es senkt Sie).


Então, passei de volta do alemão para o inglês:

Bah!

First it was second box.
Now they are the three boxes.
They would like to see, if the Gesichtsunswathes,
but the impact does not wrap.
Tropinha Eta low,
tá in the hour for the movement of the volume.
(it lowers you).

E finalmente voltei para a origem:


Bah!

Primeiramente era segunda caixa.
Agora são as três caixas.
Gostariam de ver, se o Gesichtsunswathes,
mas o impacto não envolvesse.
Tropinha Eta baixo,
tá na hora para o movimento do volume.
(o abaixa).


Origem? Alguém, por favor avisa a direção do Google para continuar os estudos, mesmo que a poesia tenha ficado melhor.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Eu, tu, ele, a gloriosa torcida do Grêmio, toda a torcida do Coríntians e do Flamengo e a meia dúzia de cocô-lorados estamos enjoados da política brasileira.

Mensalão, dinheiro de Cuba, caixa dois, presidente abostado que nunca sabe e nunca viu nada, as intermináveis idas do Zé Dirceu, o carrapato, os Supremo Tribunal Federal tentando escapar ileso da encrenca em que se meteu, deputado renunciando para fugir da cassação, secretárias vingativas (algumas muito gostosas, diga-se de passagem, especialmente aquela que teve a sapiência de sair do jugo fascista da tal de Ideli), asseclas boquirrotos prontos para entregar os chefes por alguma razão que só eles sabem e, claro, como não podia deixar de ter, assassinatos não solucionados.


É tamanha a safadeza que tudo se torna parte da rotina, como buscar pão na padaria, levar o filho na escola ou assistir um bom filme no dvd.

Mas, e sempre tem o mas, no Brasil somos salvos sempre pela criatividade de alguns.

Assim, eu, tu, ele e etc. que estávamos enjoados com a política brasileira, temos razões para nos regojizarmos e voltarmos a nos interessar por ela.

Pois o Artur Virgílio primeiro, o ACM Neto e a Heloísa Helena depois, declaram com todas as letras que estão prontos para dar uns tapas no Lulla.

Como se diz em Porto Alegre: Boa negrão! Estou nessa.

Vai ver que foi uma premonição que me fez começar ontem a fazer Krav Magá, defesa pessoal do exército israelense. Já pensaram invadir Brasília e encher o presidente e os deputados de cascudo? Que maravilha.

Aliás, na Poanet, um blog bem interessantezinho, saiu ontem uma frase maravilhosa, a frase do ano:

Que bom seria se um de nossos deputados contraísse febre aftosa. Poderíamos abater a manada toda!