A primeira vez que eu ouvi falar no orkut pensei que fosse um vírus. Recebi em uma semana mais ou menos uns 50 e-mails dizendo fulano convida você para o orkut. Sicrano convida você para o orkut. Depois eu descobri o que era o orkut.

Descobri mais. Descobri que nenhum daqueles amigos havia me convidado para o orkut. Descobri também que vários deles haviam recebido e-mail dizendo Humberto convida você para o orkut. E mais ainda, que só podia entrar no orkut aqueles que fossem convidados por alguém.

Bela estratégia de marketing, é não?

Depois passei a receber e-mail dizendo que A ou B me convidava para amigo. Até que, para não fazer desfeitas, porque vários eram amigos mesmo entrei no orkut.

Dei uma olhada numa comunidade, noutra e mais nada.

Só entrava quando aparecia um amigo me convidando para ser amigo. Ia lá, aceitava e saia.

Vez em quando recebo e-mail.

Fulano deixou um “scrapbook” para ti.

Muitas vezes jamais ouvi falar do fulano na vida. Outras tantas é uma “mensagem padrão” das minhas amigas.

- Oi gatinho, só passei aqui para te dar um oi.

Tão bonitinho, né não?

Outro dia entrei curioso com o que poderia ser um “scrapbook” e descobri que o orkut registra as últimas visitas na página. Uma ou duas amigas e gente de que nunca ouvi falar.

Até que enchi o saco e resolvi deletar meu orkut.

Deletei. Saí. Tentei entrar e veio a msg:

você precisa se registrar. Perfeito!

Passados uns dias e entrou o e-mail:

Fulano esteve no orkut e deixou um “scrapbook” para você.

Ué? Voltei lá e deletei de novo. Testei. Perfeito.

Dias depois, adivinha o que?

Pois nos últimos 30 dias já deletei meu orkut umas 6 vezes. E o desgraçado renasce.

Então é isto. Você, uma vez no orkut, é prisioneiro dele para todo o sempre.

Tente e veja se eu estou mentindo. E você verá que eu não estava enganado lá atrás. O orkut é sim um vírus.

Um texto instigante, para dizer pouco. Concorde-se ou não com ele. É do Arnaldo Sisson. Para reflexão de vocês enquanto eu descanso.

Pessoas têm opiniões, mas pessoas não são opiniões. Claro que qualquer um pode fazer que qualquer prognóstico a respeito de qualquer coisa e tem mais é que respeitar. O cara e pá e tá porque trololó e phd.

Por duas vezes, em diferentes investidas no sentido de uma educação superior formal, bati de frente frontal absoluta com dois paradigmas do assunto que estava metido na época. Economia: questionei o negócio de que as necessidades humanas são ilimitadas, não são e o merda nem me levou a sério. Direito: se pode existir um direito anterior a formação de uma sociedade, não só como qualquer um o é, fui ridicularizado.

Fundamentados nestas bobagens estão as considerações econômicas e legais. Mas como assim... o meio escolhe as próprias leis sem nenhum preparo para isso, ignorância total do que venham a ser conseqüências? E não é possível que não seja assim? Porra, alguns são gremistas, outros não entendem de futebol. O Grêmio e outros ajuntamentos também são sociedades, as comerciais outras, e o cara não tinha e não tem razão, perfessô o dotô.

O aspecto econômico do besteirol hoje já começa por que ninguém vai me convencer de que já não está pra lá bom o desenvolvimento tecnológico. Áreas eternamente insatisfeitas serão as de permanecer por aqui e as decorrentes de exagero na proliferação exatamente de quem tem o porrete menorzinho. Quáquá!

Além do que, essas de necessidades ilimitadas é coisa de sociedade de consumo e jamais poderia ser sequer considerada numa ciência que se propõe ao estudo de todas elas. Certos absurdos passam por verdade simplesmente porque faz algum tempo, não sei qual maluco afirmou pomposamente que isso e que mais aquilo.
E lembrei da intenção original. O Sartre. O “devir”, e ai divaguei pelo seguinte, pensar é apenas um instrumento. Pegar como exemplo o jogo de xadrez. Ali estás usando o pensar como instrumento. Dificuldade de concentração é não conseguir fixar o pensamento num assunto só. Mas assim como dá para parar de pensar na jogada, também dá para parar de pensar na mulher que foi embora ou no filho que morreu. Mas a gente não quer ou acha que não deve.

E para não chatear ainda mais. O Sartre, que admiro como romancista e creio merecedor dos inúmeros lauréis que recebeu, estando, na minha modesta, entre os melhores. Mas não em filosofia. O Ser e o Nada como piada vale o americano aquele lendo “The Great Gatsby”(hum... S.F. saber escrever o autor seria um extra), durante horas, para uma platéia universitária. A Yoko Ono vendendo maças verdes em pilares glamurosos para que apodrecessem na sala dos bobalhões que comprassem(evidentemente montada no dinheiro da família e depois do marido, ela mesma... puá, excelente vendedora de maças).

Salva que o Sartre meio que deixou entredito que faria "de gozação" uma filosofia do Nada. Diário de Uma Guerra Estranha. Me pareceu, não juraria, muito menos leria outra vez por qualquer motivo que não grana. Assim, não vou discutir.

E tudo porque alguém mencionou que o “mercado resolve”. A economia de mercado vai destruir o planeta. Tem de parar e vai parar exatamente por isso, não por uma decisão consciente dos seres racionais que aqui governam, vai parar porque precisa. Quanto mais tarde, pior para os que sobrarem, é só o que muda.

É isso, papo é viagem.

Falei que há alguns dias este blog foi comentado por um patrulheiro. Como me pareceu que, embora discordasse de tudo que escrevo, tinha uma civilidade adequada fizemos um bate-bola.

Provoquei:

- Te proponho o seguinte: Escreve o que achas sobre o mensalão, os sanguessugas, a gamecorp, o que o molusco sabe e deixa de saber, o controle da imprensa, o controle do judiciário, a bolsa esmola.

E concluí:

- Se fizeres isto sem subterfúgios, ou seja, preto no branco, publico.

Vocês verão abaixo que subterfúgios e enrolação foi o que não faltou. Mas como penso que a liberdade de expressão é a base fundamental da convivência, vai lá.

Não sem antes dizer que não concordo com uma linha do que ele escreveu e, mais ainda, que as acusações que faz não são por mim endossadas e são de inteira responsabilidade dele.

Com vocês, então Daniel Gois.

O autor desse Blog me propôs falar sobre algumas questões: Possivelmente, ao estilo Mainardi, o maluquinho, serei enquadrado em alguma categoria de petista. Para esse maluco(o Mainardi) e outros da extrema direita, 58.295.042 que votaram em Lula são petistas. A propósito: como o maluco esta empenhado em classificar petistas em categorias, suponho que ele vai ter muito trabalho pela frente. Nada posso dizer sobre Gamecorp, nem sei se isso é fato ou mais um Factóide da revista Veja para variar. Infelizmente peguei a mania de duvidar de tudo que é escrito pôr jornalistas e colunistas deles.
Acho muito interessante que boa parte da elite direitosa continua ainda se comportando como se a eleição não tivesse acabado. Acabou e eles não perderam nada como sempre.
Em nenhum outro momento de nossa história um governo permitiu que fosse tão criticado, investigado e esculhambado, até. Porque afirmo que permitiu. Porque teve e tem os meios legais e ilegais de impedir. Os meios democráticos e os meios antidemocráticos. Muitos governos anteriores, que apesar das gritantes evidências de roubalheira, não permitiram ao povo indignar-se com CPMIs porque simplesmente elas foram suprimidas.
Como neste sítio a ordem é criticar o governo Lula, E para deixar claro que não simpatizo com os erros(verdadeiros) do atual governo, entrei no clima. Penso que o maior deles foi não ter investigado às privatizações do governo anterior e à compra de Votos da emenda da reeleição. O povo deixou de saber de como os farsantes pseudo-Intelectuais da era FHC liquidaram grande parte do parque industrial Brasileiro e pulverizaram às reservas do País com a farsa da paridade cambial. O povo não soube como foram feitas às privatizações e como os recursos evaporaram sem contrapartida que justifica-se o feito. Se tivesse investigado o PSDB não tinha “mensalão”, obra original dos tucanos de Minas(Azeredo/Aécio), tocada e ampliada no Governo seguinte, pôr diversos partidos, inclusive os próprios denunciantes(PSDB e PFL) que desistiram das investigações quando foram envolvidos. Não tinha a prorrogação da “Mafia das Ambulâncias” essa também da era FHC, com a ajuda da vista grossa da mídia Tucana.
O Dono desse Blog, amestrado, ops, admoestrado pela mídia golpista insiste na falsa questão: O que o presidente sabia? O que o presidente sabe? Essa foi uma pegadinha para aquecer e prolongar a malhação, e apequenar a instituição da Presidência da República, pratica que vêm sendo usada com freqüência. Quem tem dever de saber são as instituições. Investigar, comprovar, publicar aquilo que é sabido e punir.
Como o autor desse Blog é uma Democrata ele gostaria que fosse discutido o Controle do Judiciário e da Liberdade de Imprensa. No meu ponto de vista: Ambas, Judiciário e Imprensa estão em pleno funcionamento à desserviço da maioria da Sociedade.
Ambos abusam do poder, quase absoluto que tem. A primeira à serviço da juridicização da desigualdade. A Segunda, a serviço da manutenção do privilégio de uma minoria. Controle Urgente em ambos. Controle Democrático é Claro. Equivoca-se o autor do Blog em chamar programa Social de esmola. A “esmola” incomoda os privilegiados e os Neoliberais. Gostam de chamar isso de paternalismo. Usam conceitos sofisticados para justificar o injustificável, o abandono o descaso. A falta de solidariedade Humana. Mas tem ainda um outro fator mais detestável: Os privilegiados
não se sentem não obrigação de dar nada. Ficaram extremamente ricos porque criaram uma sociedade baseada na lógica da rapina e condenaram uma parcela enorme da sociedade à perpetuação da miséria.
Outro erro do Governo Lula: Não ousou até hoje apresentar emenda regulamentando o Imposto sobre as Grandes fortunas. Já que a elite do privilégio insustentável não tem juízo suficiente para entregar os anéis para não perder os dedos; o jeito é tomar. Na lógica deles. Dentro da lei.
Penso que não tive muito empenho na defesa de minhas argumentações. É verdade. Esse temas estão longe de colocar o governo Lula em questão, ou àqueles que acreditam nele. São temas como “mensalão”, “Sanguessugas”, “Lula Sabia?”um verdadeiro atentado a inteligência humana. Batidos, Cansativos e visivelmente eleitoreiros. Derrotados e azarados. Entretanto; temas como “Liberdade de Imprensa” e “Controle do Judiciário” muito serão discutido nos canais especializados.
Como pode-se ver, é possível discordar do Governo Lula. Mas pôr motivos totalmente opostos aos expostos aqui.

O Brasil é um país engraçado, para não dizer desgraçado. Foi eu fazer um comentário no Blog do Reinaldo Azevedo e apareceu um patrulheiro (comentários no post abaixo).
Para variar, virei “um alienado azarado” (não entendi o azarado), dono de um “neurônio único” e destilo o “ódio comprado da revista Veja”. Ah, sou cretino também.
Fascinado pelo tal de Mino Carta delirou:

Sugeri a ele que publicasse o Link para o Blog do Reinaldo Azevedo de modo que seus crentes fossem rezar na igreja certa. Acredito que para o deleite de seus leitores ele preferiu ter os Vejistas de Ultra direita publicando no seu Blog.

Como fui censurado no Mino Carta, concluo que estou mais a direita ainda que os Ultra direita da Veja.

Depois continuou com a patacoada:

Agora no seu Caso "Mensalão" e máfia das "sanguessugas" começaram no governo FHC. Se não me engano o cidadão dos dólares foi apanhado pela PF. O povo entendeu que a ação da PF prendendo gente próxima ao governo é indicativo de isenção.

Pronto. FHC é o culpado do mensalão, do sanguessuga, da Gamecorp, das cartilhas do PT que não foram impressas, etc.

Como democrata convicto deixei o post do guri, não sem dar um troco leve: Não vou te censurar, embora te ache um pateta otário, para dizer o mínimo.

Pois ele voltou com um discurso ainda mais confuso. Disse que não acredita em isenção da PF ou de governo algum. Disse que o amigo (isto é, eu) não entendeu. Que foi o povo que assim entendeu e que não é otário para “acreditar na revista Veja ou naquele mané Reinaldo”. Não é mal intencionado “mas gosta de provocação”.
E completou:

Sou Anarquista. e pôr princípio duvido de qualquer governo. Agora vocês tem de entender: em política perde-se e ganha-se. Nesse momento você estão sendo derrotados em todas as frentes.

Pronto: virei membro da campanha da oposição. Se eu não tivesse consciência da desimportância do meu blog iria até tomar um bom vinho em comemoração.
Descobri então que sou ultra-direita e culpado da derrota do Alckmin, perdão, do Geraldo. E olha que faz 17 anos que caiu o muro.

Por falar em muro, o Brasil é muito engraçado, para não dizer desgraçado. Gente que pegou em armas, que matou inocentes, que entrou numa guerra pelo poder, perdendo-a, passou a receber polpudas indenizações do povo brasileiro por ter tentado dominar este mesmo povo sem obtenção de sucesso.

Gente que não pegou em armas, talvez por covardia, mas mesmo assim, por uma razãozinha ou outra, perdeu um emprego medíocre, ganha agora polpuda indenização por ter “combatido a ditadura”. Tem gente que, por causa da ditadura e só por causa desta, acabou na presidência da república e, vejam só, recebe aposentadoria por ter “combatido a ditadura”. E tem gente, vejam só, que acha tudo isto certo. Ético. Moral.

O Brasil é um país mais do que desgraçado. É um país de doidos.

Terminada a eleição, vitória acachapante da Bolsa-Esmola e da imoralidade e voltamos à vidinha nossa de todos os dias. É? Antes fosse. Mais quatro anos de Lulla e suas frases desconexas, metáforas imbecis e demagogia explícita seriam um duro e suficiente castigo àqueles que não professam a Religião Petista. Antes fosse.

Os primeiros dias pós eleição estão sendo de tirar o sono daqueles que professam a Liberdade de Pensamento e Expressão e acreditam na Justiça, assim mesmo em maiúsculas.
A truculência dos dirigentes e da turba petista, a pressão sobre a imprensa, a movimentação dos ditos “movimentos populares”, o ódio a quem pensa, e especialmente a quem age diferente da cartilha petista apontam para dias difíceis.

Em apenas 3 dias, jornalistas foram constrangidos pela polícia e apanharam de manifestantes. Em apenas 3 dias, não contentes em aparelhar o estado, os petistas lançaram ofensiva para aparelhar a OAB. Em apenas 3 dias, a vitória de Alckmin em todos os estados ricos do país virou derrota, magicamente. A conta para isto é que diminuiu a diferença entre ele e o Molusco no segundo turno. Como se no primeiro houvesse também apenas os dois como candidatos. A tática do engodo, inaugurada lá em 2002 e reforçada ao extremo a partir do mensalão, está se alastrando como uma praga. Se não for exterminada logo, pela ação enérgica das instituições como a OAB, pelo poder legislativo e pela imprensa livre, sabemos todos o que nos espera na próxima curva.

Coisa boa é que não é.