A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

sábado, outubro 13, 2007



Acho que faz tempo que ninguém vem aqui. Faz sim. Eu que deveria zelar por este espaço não vinha há quase um mês. Imagina o leitor fiel que vem e volta e só encontra o marasmo. O infiel, então, este até esquece que o blog existe.

Mas também, que diabos!

Escrever sobre política, além da mesmice dos assuntos, dá gastrite. Pensei em escrever a saga do Cangaceiro das Alagoas, mas ... Mentira. Não tinha pensado nisto. A idéia surgiu agora. É isto.

Como se chega à Rei da Cara Dura, a partir do nada. Vamos lá então.

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Prólogo

Minha mãe tomou muita água de coco enquanto eu me preparava para ser presidente de alguma coisa. O que, exatamente, eu ainda não sabia. Sabia que seria. Afinal, minha terra, além de ter palmeiras e alguns sabiás, tem gente que nasce para ser algo na vida. Ta aí o Murici, ganhando tudo para não me deixar mentir.
Murici é um importante polo do agreste da micro região de Branquinhas. Merecem destaque também os poderosos municípios limítrofes de Murici: Capela, Flexeiras, Messias, Atalaia e Rio Largo.
Os inimigos, sempre eles, dizem que minha mãe enfrentava muitas festas nestes municípios e que esta história de beber água de coco iniciou lá. Mas é mentira. Pelo menos eu acho que é mentira. Uma mentira deslavada, como diz o Maluf.
Mas estou divagando. Meu pai, foi o principal responsável pela minha sólida formação moral, intelectual e, principalmente, pela minha fidelidade política.
Se você, cabra da peste, duvida, olha o que diz dele a Wikipedia:


Olavo candidatou-se a prefeito de Murici no ano de 1992, pelo PMDB. Naquele ano, seu filho mais velho foi o articulador político de sua campanha, denunciando a prática do voto-carbono utilizada pelo candidato do PSDB, Glauber Tenório. Tenório era apoiado pelo então tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Melo, Paulo César Farias.

O filho mais velho, você adivinhou, sou eu. 1992, foi o ano do impeachement daquele cabra safado do Collor. Imagina só! Teve gente que votou no magano para presidente da república. Isto é abisolutamente desprezível.
Mas esta parte da história não é para contar agora. Agora eu estou na barriga de água de coco da minha mãe. Lembro, como se fosse hoje da hora em que me chamaram para a responsabilidade. Era o mês da proclamação da independência do Brasil. Quando minha mãe começou a fazer força para me tirar da barriga, abri bem os braços e as pernas, grudei a cabeça no pescoço e pensei: daqui ninguém me tira. Era uma premonição.
Logo, logo conto a batalha.



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