A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

terça-feira, agosto 05, 2008



Volto. Ou melhor, trago de volta o Arnaldo.
Os tempos não estão bons, os ventos sopram de baixo para cima colocando cisco no olho e o fedor da baía maltratada e mal tratada queima o nariz.
Mas voltar é um dever.
Até porque não há outro caminho se não em frente. O retorno traz quase sempre junto a certeza de que o tempo passa e gasta tudo que toca.

Outro dia, na Panela, falei em relação aos gatunos de todos calibres que gravitam da presidência à vereância: "Estes caras só matando". Antes que ponham a pomposa PF no meu encalço, digo que foi um exagero de retórica. Ou não? Vai saber, como diz o Orelha.

Aí o Arnaldo respondeu, e eu gostei e repasso, assim ó:

E os outros também, Humberto. A cena é todo um continente. Os de cima integraram, roubando, exterminando, açambarcando. A idéia era construir um pais prá eles, unidos num clima em que a gripe não facilitou, tiveram que arcar com o extermínio dos índios na mão grande.

Enfim, até o geográfico climático epidemiológico favoreceu que levassem a sério fazer o povo progredir para subir junto. Uns deram pau nos outros prá que os outros não fizessem um país deles sozinhos. O fator clima para organizar uma comunidade é deveras importante, um corolário para as bananas do Darwin: mais quente, mais esculhambado.

E, justamente, na parte debaixo, salvo exceção um que outro caudilho de merda com meia dúzia de pelegos armados, cercou um pedaço e começou a cobrar impostos para ele. Subir sozinho. Ele e a caterva. A primeira coisa é instalar uma faculdade de direito. Os que operam as leis, os intérpretes do poder que emana de um pedaço de papel que a corja escreveu!!

E tudo uma quadrilha, ou várias. O efeito é o mesmo. Dou a mão a palmatória, alguém tem de fazer essa coisa toda operar. Recolher lixo, cacetear bandido, construir represas, gerenciar um país continental, e mais coisinhas. Eu não tô a fim e não vou nem chegar perto. Seria assim mesmo no melhor dos mundos. Então tá. Eles fazem.

O caso é que querem muito, roubam o que não tem possibilidade de vir a precisar por gerações!! Eu só discuto que é demais, que são burros, não fazem nada direito. A sociedade é cada vez mais mal educada (no sentido ensino) e só o que se fala é que está melhorando... por diminuirem as exigências? Não faltam furos a apontar.

Mas se a crítica for pertinente, irrespondível, a exijir providências, muita banderia (como o caso do nióbio), ela desaparece. Pode mapear. Se a criatura insiste, fácil que suma do meio para nunca mais. Nem é questão de despescoçar, basta o limbo. Espirrou no pires? Não convida mais prá festa e deu. Não é só nesse sentido que calar é o ganha pão de muitos, mas neste, certamente é.



sexta-feira, março 21, 2008


Neste feriado de Páscoa, nada como um dueto "viagem" para embalar aos que não foram.










Viajante 1:

Catando incoerências, modo correto de estabelecer coerências, percebo que destoa o estabelecimento da leis dos movimentos planetários.
A se crêr nisso, o movimento dos planetas não era regido por leis. Leis surgiram muito depois, os planetas planetavam por ai bem antes. Sem leis a tolher desatinos.
Tudo tem origem ai. Neste detalhe.
Quando a Terra tomou pela cara o cometão que a jogou na órbita da vida (*) é evidente que era tudo uma bagunça.
Para que tudo se alce a ordem, um alce tem de morrer bêbado.
Pois não foi o que aconteceu?
Tinha o bicho de se meter por castelo e escadas? Na presença de um dinamarquês?! Que pequenês. Que fazer?
Agora Inês é morta. Estão as leis de Kepler, estabelecidas por Brahe talvez em tempos de convivência íntima com um alce alcólatra.

* essa órbita tem um nome que não lembro, de toda maneira prefiro o meu. Lembrei agora: "órbita cachinhos dourados".



Viajandão 2:




Pode ser, Arnaldo, pode ser.
Mas, mesmo fora de hora, veja como pode ser
útil conhecê-las:

Li Po era chinês e Li Po era poeta.
Poeta dos melhores.
Bebedor dos maiores.
Yangtze é um rio.
Rios sao feitos de água.
Águas formam espelhos d'água.
Espelhos refletem a luz.
A luz, às vezes, se faz de espelho.
A lua reflete os raios do sol, às vezes, para a água.
A água, naquela noite, refletiu para Li Po.
Li Po tentou abraçar a lua.
Li Po caiu do barco na água.
Li Po já era.
A lua segue leis de movimento.
Li Po nunca esteve com Kepler.










Volta o viajante 1:


Não se suspeite desconfiança ou qualquer demérito na constatação. A lua é um espelho do sol, só existe em função disso. Os planetas, embora com alce a
descrever-lhes os movimentos, também são espelhos da mesma fonte.
Li Po não sabia disso. Poderia ter caido do barco em uma noite sem lua. Pelo menos iria em várias direções. Isso se a onda dele era abraçar espelhos, claro.



Viajandão 2:
Pois veja só, Arnaldo, a que ponto se pode chegar, sem ir a
lugar nenhum.

"As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar..."

Seria Alphonsus de Guimaraens um biographo de Li Po?
Ou seria Ismalia a reencarnação de Li Po?
Ou, indo em outra vertente, não seria mais apropriado o poeta chinês se
chamar Si Fo?

Haverá continuação?

sexta-feira, fevereiro 08, 2008





Os cartões corporativos me deixaram nauseabundo. Então, cansado de falar mal desta gentalha, resolvi mudar de assunto.

O Orelha é um elemento meio esquisito. Além do adereço que justifica o apelido é metido a criar joguinhos.

Outro dia ele estava com um problema sério. E expôs o problema:





  1. Alguém pode em poucas palavras me explicar o "prisioners dilemma"?que trata de cooperação em jogos, etc, etc?
  2. Antes que alguém pergunte para que isto, explico: tenho 383 questionários respondidos sobre 8 comportamentos de jogadores de RPG on-line, que preciso embasar para poder publicar. Se alguém se interessar, eu conto quais são os 8. Adianto alguns:- Agressividade- cooperação- fuga da realidade (como eu traduzo isto para o inglês?)- fantasia- poder- ...

Aí o Luis Felipe Martins respondeu para o elemento. Como gostei e achei interessante partilho.

Orelha: Tem um livro excelente que o nome é "The prisioners dilemma", de William Poundstone.
O dilema é explicado melhor em termos de um exemplo diferente do original.





Suponha que você roubou uma joalheria e está com uma mala cheia de muamba.
Aí, você entra em contato com um comprador que oferece 1 milhão de dólares pela muamba. Por razões de segurança, nenhum de vocês dois quer se encontrar com o outro.
Aí, vocês inventam o seguinte esquema:

Por telefone, vocês escolhem dois locais separados em um parque, A e B. Numa hora combinada, vocêcoloca a muamba em A e o comprador coloca o dinheiro em B.
Depois,você coleta o dinheiro em B e o comprador coleta a muamba em A.

Mas aí, você começa a desconfiar do comprador, e raciocina que há quatro possíves resultados na transação:

  1. Tanto você como o comprador colocam a muamba/dinheiro onde combinado.
  2. Você coloca a muamba em A, mas o comprador não coloca o dinheiro em B.
  3. Você não coloca a muamba em A, mas o comprador coloca o dinheiro em B.
  4. Nem você nem o comprador colocam a muamba/dinheiro onde combinado.

Do ponto de vista coletivo, o melhor resultado é (1), por que os dois conseguem o que querem. No entanto, do seu ponto de vista pessoal, o melhor resultado é (3), pois neste caso você fica tanto com a muamba como com o dinheiro. Isto indica que a melhor alternativa para você éNÃO colocar a muamba. Além disso, neste caso, mesmo que o comprador não coloque o dinheiro, você não perde nada, pois pelo menos fica com a sua muamba.

O problema é que, como voce assume que o comprador seja tão inteligente como você, ele também irá concluir que o melhor a fazer é não deixar o dinheiro em B.Mas então, a consequência dessa trama toda é que o resultado da transação é a opção (4), que, coletivamente, não agrada nem você nem o comprador.
(Ponto técnico: a opção (4) é o que se chama de "equilíbrio de Nash": se os dois jogadores inicialmente adotarem esta estratégia, nenhum terá incentivo para, individualmente, mudar de opção, pois nesse casoperde tanto a muamba como o dinheiro).
O dilema do prisioneiro é usado como um modelo para ilustrar como indivíduos, em certas situações, apesar de terem a intenção inicial de cooperar, acabam escolhendo estratégias não-cooperativas. Socialmente, a solução de tais dilemas é, frequentemente, criar uma alternativa no jogo que é PIOR que a não cooperação. No exemplo, você e o comprador combinariam se encontrar em um único local, e vão protegidos por um bando de capangas armados. Aí, se algum não levar a mercadoria, há um fuzilamento mútuo, que deve ser evitado a todo custo. A questão de como saímos deste tipo de situação tem sido estudada por sociólogos há anos. Há um livro muito bom de um cara chamado Axelrod,que dá uma solução evolucionária, onde populações de indivíduos interagem num simulação.
A formulação original do dilema envolve dois suspeitos de um crime que são interrogados em separado. As quatro opções neste caso são:

(1) Nenhum dos dois confessa. Neste caso, os dois serão libertados.
(2) A confessa e implica B, e B não confessa. Neste caso, A recebe uma pena leve e B recebe vários anos na cadeia.
(3) B confessa e implica A, e A não confessa. Neste caso, B recebe uma pena leve e B recebe vários anos na cadeia.
(4) A e B confessam. Neste caso, os dois recebem uma pena intermediária.
Obviamente, o melhor resultado coletivo é (1). No entando, os dois prisioneiros receiam não confessar, pois os resultados (2) e (3)seriam desastrosos para para um deles. Então, o resultado acaba sendo(4), que não é bom para nenhum dos dois.




quarta-feira, fevereiro 06, 2008




A Alcinea Cavalcante, vocês lembram, teve um blog censurado pela matilha dos Sarneys. O Sarnoso não perdoa. Tem uns posts aí embaixo sobre o assunto. Saiu em tudo que é lugar da mídia.
Pois eu não tive o blog censurado, porque poucos o lêem, e sai de um longo descando, que na verdade era falta de saco em ser recorrente, por conta de duas coisas.
A primeira relacionada com a Alcinea. Ela lê, ou lia o meu blog. Outro dia vi um comentário dela num post e resolvi dar uma passada no blog dela.
Sabem o que encontrei? a seguinte informação do Blogger:

Este blog está aberto exclusivamente a leitores convidados
http://alcineacavalcante.blogspot.com/
Parece que você não foi convidado para ler este blog. Se achar que trata-se de um engano, recomendamos que você entre em contato com o autor do blog e solicite um convite.
Fiquei pasmo e depois assustado. Chegamos a este ponto. Jornalista, que vive da opinião, ser obrigado a filtrar quem lê suas opiniões. Acho que nem Fidelito Sarcófago Castro teve este poder.

A outra coisa que me fez escrever aqui de novo, tem alguma relação com o caso da Alcinea. Trata de jornalismo, ou de jornalistas, para ser mais exato. Muito interessante e foi escrito pelo Arnaldo Sisson, com o talento, a frieza e o desencanto de sempre. Repasso sem pedir licença, porque aqui não preciso, ainda, distribuir convites.

Já falei (errando o nome do livro para melhor) sobre "O Triunfo da Picaretagem" de Francis Wheen. Estava lendo em visitas e agora botei a mão no bruto, chama-se "Como a Picaretagem Conquistou o Mundo". Divertido e muito esclarecedor.

Fiquei a pensar, de leve para não doer, sobre o quê tem os professores das matérias ditas ciências humanas (em estranha oposição a exatas...) para fazer. Quase tudo ali é bobagem. Nunca existiu o " Problema do Conhecimento". Esses dias ouvi quieto um elogio a sacação do mito da caverna porque provinha da esposa de um amigo, daquelas que vem com "como tu pode pretender que... se os phd e JCs acham isso e aquilo... então parará...".

Incorporei que o silêncio nem complica nem explica e quase sempre se aplica. É, das posturas sociais decadentes, uma das mais atraentes e fáceis. As opiniões de ninguém interessam, as minhas menos ainda.

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A falta de cordialidade na forma de tratar irrita, a falta de cultura não. Um jardineiro mediamente competente falando sobre seu trabalho é muito mais interessante do que qualquer dos crônistas brasileiros atuais. Taxista e prostituta então, nem se fala, dão de dez em qualquer deles.

Tem uns que se especializam em assuntos e repetem a ladainha como professores repetem aulas. Dos que estão empregados, nenhum chega a comentarista, no máximo fofoqueiros sobre assunto no qual não tem a menor ingerência. Evidentemente sabem até onde podem publicar, são coniventes com o resto. Como todos nós. Eu, pelo menos.

sábado, outubro 20, 2007



Segue a saga do herói de Murici. O intrépido e audaz herói de Murici!


O Poder do Pensamento Positivo

Ninguém me tiraria de lá. Abisolutamente não.
Meus bracinhos forçavam a barriga e as costas, enquanto a água de coco entrava pela minha boca aberta pelo esforço. O sabor salobo pareceu me dar forças.
Eu consegui travar tudo. Não me movia um milímetro. Senti uma mão na minha careca. Depois alguém tentando descolar o pescoço dos ombros para poder puxar. Nada feito. Eu era um rocha mais firme e forte que Gibraltar. Se você não sabe nada sobre Gibraltar leia o que diz a Wikipedia.


Gibraltar é um território do Reino Unido localizado no extremo sul da Península Ibérica. Corresponde a uma pequena península, com uma estreita fronteira terrestre a norte, é limitado, dos outros lados, pelo Mar Mediterrâneo, Estreito de Gibraltar e Baía de Gibraltar, já no Atlântico. A Espanha mantém a reivindicação sobre o Rochedo, o que é totalmente rejeitado pela população gibraltina.

O nome Gibraltar origina-se na expressão árabe jabal al-Tariq (ﺨﺒﻝﻄﺭﻕ) que significa "montanha do Tarique". A montanha, um promontório militarmente estratégico na entrada do mar Mediterrâneo, guarnece o estreito oceânico que une a África ao continente europeu. O nome tem por finalidade perpetuar os feitos do general árabe muçulmano Tariq ibn Ziyad, que, no ano de 711 d.C., ao tomar o reino visigótico na Península Ibérica, sua primeira providência foi pôr fim ao extermínio em massa de judeus naquela região.

Antes foi chamado pelos fenícios de Calpe, uma das Colunas de Hércules. Popularmente, Gibraltar é chamada de "Gib" ou "The Rock" (o Rochedo).

Eu era o Gibraltar de Murici. Minha mãe o Reino Unido e aquela parteira fia de uma égua era a Espanha. Quem elas achavam que eram para querer ter poder sobre mim? Eu, um legítimo cabra da peste. Muitas vezes, nos últimos anos, me pergunto porque somos chamados cabra da peste. Fui até olhar na wikipedia:


O bode (Capra aegagrus hircus), macho adulto dos caprinos, é um mamífero herbívoro ruminante cavicórneo que pertence à família dos bovídeos, subfamília dos caprinos.
O feminino de bode é cabra e os animais jovens são conhecidos como cabritos. Assim como os carneiros, emitem um som chamado de balido (o conhecido "Bééé").
O caprino é um dos menores ruminantes domesticados. Os caprinos domesticados são descendentes da espécie Bezoar, encontrada no Mediterrâneo e Oriente Médio, principalmente na ilha de Creta. Na maioria das raças de caprinos, os dois sexos têm chifres e barba. Os chifres podem ser curvos ou em forma de espiral, mas muitos têm um lado interno afiado. O pêlo pode ser comprido ou curto, macio ou áspero, de acordo com o habitat e o controle da criação. Procria em 150 dias.

Já sobre peste, a wikipedia é muito mais específica:


Peste negra é a designação por que ficou conhecida, durante a Idade Média, a peste bubónica, pandemia que assolou a Europa durante o século XIV e dizimou em torno de 25 a 75 milhões de pessoas, pois alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões de pessoas, um terço da população da época. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores.

Sinceramente, não entendi porque eu sou um cabra da peste. Mas lá estava eu me debatendo. Um fórceps entrou buraco a dentro e foi fechado sobre minha cabeça. Inútil. Nem precisei muito esforço. Acho que foi a primeira vez que usei o poder do pensamento positivo. Daqui não saio, daqui ninguém me tira, eu cantarolava.
Foi quando percebi o poder do golpe sujo. Alguém pôs para dentro, enrolado num plástico, um papel verde com uma foto sorridente e um número escrito ao lado. In God we Trust, consegui ler. Ao contrário da mãe de Lula eu não nasci analfabeto.
Aquele papel me pareceu tão interessante, tão aconchegante que soltei um dos bracinhos para pegá-lo. Foi quando aprendi que golpe baixo funciona. Antes de tocá-lo, o papel escorreu para fora puxado por alguém. Sem outra alternativa, fui atrás.
Quando vi, alguém me batia na bunda e me fazia chorar. Nesta hora deveria ter aprendido a confiar só em mim mesmo. As consequências de não ter aprendido vamos ver adiante.
Enfim, eu era o mais novo Muriciense. E, se não me engano, ouvi os sinos tocarem.

sábado, outubro 13, 2007



Acho que faz tempo que ninguém vem aqui. Faz sim. Eu que deveria zelar por este espaço não vinha há quase um mês. Imagina o leitor fiel que vem e volta e só encontra o marasmo. O infiel, então, este até esquece que o blog existe.

Mas também, que diabos!

Escrever sobre política, além da mesmice dos assuntos, dá gastrite. Pensei em escrever a saga do Cangaceiro das Alagoas, mas ... Mentira. Não tinha pensado nisto. A idéia surgiu agora. É isto.

Como se chega à Rei da Cara Dura, a partir do nada. Vamos lá então.

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Prólogo

Minha mãe tomou muita água de coco enquanto eu me preparava para ser presidente de alguma coisa. O que, exatamente, eu ainda não sabia. Sabia que seria. Afinal, minha terra, além de ter palmeiras e alguns sabiás, tem gente que nasce para ser algo na vida. Ta aí o Murici, ganhando tudo para não me deixar mentir.
Murici é um importante polo do agreste da micro região de Branquinhas. Merecem destaque também os poderosos municípios limítrofes de Murici: Capela, Flexeiras, Messias, Atalaia e Rio Largo.
Os inimigos, sempre eles, dizem que minha mãe enfrentava muitas festas nestes municípios e que esta história de beber água de coco iniciou lá. Mas é mentira. Pelo menos eu acho que é mentira. Uma mentira deslavada, como diz o Maluf.
Mas estou divagando. Meu pai, foi o principal responsável pela minha sólida formação moral, intelectual e, principalmente, pela minha fidelidade política.
Se você, cabra da peste, duvida, olha o que diz dele a Wikipedia:


Olavo candidatou-se a prefeito de Murici no ano de 1992, pelo PMDB. Naquele ano, seu filho mais velho foi o articulador político de sua campanha, denunciando a prática do voto-carbono utilizada pelo candidato do PSDB, Glauber Tenório. Tenório era apoiado pelo então tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Melo, Paulo César Farias.

O filho mais velho, você adivinhou, sou eu. 1992, foi o ano do impeachement daquele cabra safado do Collor. Imagina só! Teve gente que votou no magano para presidente da república. Isto é abisolutamente desprezível.
Mas esta parte da história não é para contar agora. Agora eu estou na barriga de água de coco da minha mãe. Lembro, como se fosse hoje da hora em que me chamaram para a responsabilidade. Era o mês da proclamação da independência do Brasil. Quando minha mãe começou a fazer força para me tirar da barriga, abri bem os braços e as pernas, grudei a cabeça no pescoço e pensei: daqui ninguém me tira. Era uma premonição.
Logo, logo conto a batalha.



segunda-feira, setembro 17, 2007



Pois é. Não vou falar do cangaceiro das Alagoas não. Que isto dá dor de barriga.
Vou falar do chefe.

Em mais uma viagem para o exterior, o rapaz, quando perguntado sobre o por que de agora ser a favor da CPMF, ele que sempre jogara pedra em seus defensores quando na oposição, o chefe saiu-se com esta.

Porque mudei de idéia. E eu mudei de idéia porque não sou um poste.



Foi aí que pensei, entristecido: que pena! Que pena que ele não é um poste. Acho que teria mais utilidade. Pelo menos para os cães do bairro.



segunda-feira, setembro 10, 2007



Nos dias difíceis de hoje, em que para escrever coisas boas falta ânimo e continuar malhando ladrões e bandidos cansou de tanto ecoar no vazio, um post de um amigo, mesmo que mentiroso, serve para lavar a alma, melhorar a estima.

Vai lá então. O Arnaldo escreveu e eu me gabo. Ou com se dizia no interior gaúcho: se ninguém me gava, Zeca gava.

Vai Arnaldo.




Não estão assim tão longe. Nem tão perto. Aqueles que tem sorte as vezes tem filhos que herdam isso. Alguns destes acabam por te encontrar.

Tendo atenção para os que moram onde moras ( ambiance, paisagem, etc... ) aprende-se muito a respeito do que somos, do que queremos ser. Ninguém, com condições para escolher, mora onde não quer. Idiotas atraem idiotas com a mesma intensidade que a inteligência gosta da inteligência. Como habitualmente pessoas de alguma inteligência não procuram multidões e delas se afastam, amigos inteligentes (com quem dá para descontrair o pensar, repouso do andar curvado) são jóias raras. Difíceis de encontrar. Amigos com mulheres inteligentes já são da classe dos imperdíveis.

Quando essa mulher faz salada, na intenção específica de que agrade ao ambiente onde surgirá, para afinal se transformar na matéria do que somos, exato como o Humberto faz o pão de alho para o filho e as carnes para todos, é de registrar.

Ontem almocei maravilhado com a companhia de nenhum idiota. Incluindo ai um guri de seus 12 anos, o que é de todo espantoso.

Quando é de puxar o saco eu esgaço.


segunda-feira, agosto 06, 2007




Você já ouviu. Sim, claro que ouviu. Mais: você já ouviu à exaustão, até nausear, o Grande Mentecapto iniciar uma frase com a expressão "Nunca na história destepaíz". Invariavelmente, após o início com este bordão vem uma asneira, uma idiotice, uma amostra do nível intelectual do elemento.



Pois proponho um concurso. Descobrir quem fará a frase mais próxima daquelas proferidas pelo Grande Metecapto.

É só ir nos comentários e postar que eu transcrevo para o blog com os créditos todos. Depois a gente abre votação.


Algumas sugestões:


- Nunca antes nestepaíz um avião desceu com tanta vontade quanto aquele da TAM.


- Nunca na história destepaíz um ouvido foi feito para ouvir vaia e outro para aplauso.




Confesso que as duas estão fraquinhas. Eu não sou páreo para o Grande Mentecapto. Vamos lá! Tente! Invente! Nunca antes na história destepaíz se precisou achar motivo para rir de tanta desgraça e tantos desgraçados.



terça-feira, julho 24, 2007




Nestes dias difíceis de páginas e páginas escritas, algumas poucas palavras seriam suficientes para solidariedade com os mortos e com os brasileiros decentes:

Asco



Nojo



Vergonha



Raiva

Quem o inferno os espere bem quente!

sábado, julho 14, 2007


O David Coimbra escreve bem demais. Escreve tão bem que se eu não fosse modesto, diria que ele escreve quase tão bem quanto eu.

Gostar do que um cara escreve, não significa necessáriamente concordar. Eu quase sempre concordo com o que o David escreve, especialmente quando relata peitos e bundas cheios de curvas e quando fala bem do Grêmio.

Mas ontem após o Lulla levar aquela vaia mais do que tardia e do que merecida ele arriscou entrar na política. E escreveu com a graça e talento de sempre:

A vaia do Maracanã ao presidente Lula foi maciça, foi pesada e foi humilhante.


Até aí nota 10 para o David. A vaia foi tudo isto e foi, ainda, constrangedora até para o Vavá. O Lullinha, se estava olhando na TV deve ter se escondido atrás de uma montanha de dinheiro que ganhou da telefônica aquela para fazer não sei o que.

Mas seguiu o David:

Mas há um aspecto nessa vaia que não se pode deixar passar: foi a vaia do Rio de Janeiro branco. Onde estavam os negros na linda festa do maior templo do esporte mundial? Onde estavam os pobres que todos os dias atormentam os motoristas nos sinais de trânsito, esmolam nas esquinas, balançam nos trens e nos ônibus lotados? Quem atravessou a cidade da Barra da Tijuca ao Maracanã viu onde eles estavam: nas favelas pingentes, nas malocas infectas, vivendo no fedor do mangue, entre balas perdidas e papagaios empinados.

Isso não desmerece nem desautoriza a vaia do Maracanã. Os bem nascidos e bem alimentados também têm direito à vaia, e foram 90 mil bem nascidos e bem alimentados que vaiaram o presidente. Mas foram, sim, os bem nascidos, os bem alimentados.

Eu estava no Maracanã. Eu vi: eram todos limpos, corados, vestidos de acordo com a moda, caminhando sorridentes com seus filhos pela mão. Repito: não havia pobres no Maracanã. E repito: isso não torna a vaia menor.
(...)
Lula veio deste Brasil. Do Brasil negro. Provavelmente mereceu a vaia. Mas quem o vaiou vem de um lugar do qual ele jamais pertenceu. E talvez tenha sido esse o motivo de ter sido a vaia tão maciça, tão pesada, tão humilhante.


Citando o Paulo Bro sou obrigado a dizer para o David:

- Discrepo meu caro. E discordo por duas razões bem objetivas.

A primeira é de que na fila para entrar no Maracanã tinha gente de todas as cores e classes de roupas. Peruas e puidas desfilavam lado a lado.

A segunda e mais importante: o Brasil que vaiou o presidente não foi aquele dos grotões. Não foi aquele comprado com bolsa-esmola. O Brasil que vaiou o presidente é aquele que, de esquerda, direita ou centro está cansado, enojado, puto da cara de ler e ouvir sobre mensalão, Lulinha, Vavá, Renan Calheiros, operação Navalha, etc., etc., etc. E está com nojo, com asco de ver o presidente a cada escândalo tirar o dele da reta e fazer de conta que não é com ele.

Foi este Brasil que vaiou o panaca. E eu me senti, pela primeira vez, muito bem representado.


quarta-feira, julho 04, 2007




Pois na Panela o Charles se queimou por causa de uma crítica a uma suposta escritora chamada Cecília Giannetti. Aí o Janer foi atrás de algum escrito dela e apareceu com um negócio chamado Foi poeta. Parece que escrito na Folha.

Comecei a ler.

FOI POETA. Não, mais do que isso: soube escrever extremas-delicadezas, chegou a distribuí-las entre amigos e livros. Foi delicada um dia, mas perdeu esse detalhe como quem deixa um anel sumir pelo ralo.



Começou mal pensei. Me irritam estes textos cheios de clichês e de idas e vindas. Me irrita mais ainda ler frases que não dizem nada com nada. Leia 10 vezes este texto acima e tenta explicar. Duvido que consiga.

Mas segue a menina:

Andou por andar, subindo e descendo a Paulista, entrando pelas transversais onde pequenos bares aconteciam. O calor incomodava; o mundo, nitidamente, pretendia derrotá-la, e quase voltou para casa. Por acaso, quando procurava um táxi livre, enxergou num rapaz que bebia cerveja algum motivo para ficar na rua até mais tarde. Não calculou entrar no bar, não decidiu sentar-se ali também e acabou fazendo tudo isso.



O que é acontecer um pequeno bar?

O rosto dele era familiarmente estranho: não o conhecia, mas o conhecia bem à beça. Ele carregava o jeito de algum amor de décadas antes, exibia tatuagens similares, curvas de músculos que ela não saberia mais como desenhar com as pontas dos dedos. A pele e a turma do rapaz indicavam que haviam passado há pouco pelo fim da primeira adolescência e agora embarcavam na segunda, que duraria até pouco depois dos 30 anos. Podia ser que tivessem 20 e poucos, podia ser que tivessem ainda 20. E ela, toda ela agora eram vírgulas fora de lugar, pregas e vincos.


Paro por aqui que nem a meus inimigos desejo mais disto.

Mas o Charles defendeu a “Ciça”:

- Janer, não é por você não gostar de um autor que esse desgosto é regra universal...

Ao que o Janer rebateu:

- Sei disso, Pilger! Não me pretendo regra universal. Mas então, por favor, me conta o que a moça quis dizer naquela crônica. Com todos meus anos de estudos, não consegui entender. Estou cansado de textos que nada dizem. Please, resume! Interpreta! Fico à espera.

Claro que vai esperar sentado que esta zinha não tem nada para dizer mesmo e ninguém que tenha 3 neurônios vai achar sentido na literatura de quinta da menina.

Mas seguiu a discussão quando o Erny lembrou a Lya Luft:

Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem.


O papo pulou da Lya para a Clarisse Lispector. Três ou quatro admitiram não gostar dela quando a Maria se manifestou aliviada:

- Puxa vida, eu também não (suporto a Clarisse) e sempre me achei uma estranha no ninho por não gostar, a clarice tem um psicologuês insuportável para mim.

Aí um outro jogou mais pesado, voltou para a Lya e lembrou um jantar que teve com ela:

- Essa mulher é muito presunçosa e arrogante. Falou dela o tempo todo, sem nenhum interesse no que os outros tinham a dizer. Um saco. Prometi nunca ler um livro dela, na época ela estava começando a ser "escritora". Já era carreirista. Por outro lado, já era também um barril, que não sei como teve uma aventura extra-conjugal. Tem gente que come qualquer coisa.

Pois dizem que psicanalista come qualquer coisa. Parece que foi o caso. Aí fiquei pensando. Se esta Cecília for também um barril, tá explicado porque é tão ruim. Vai ver não achou ainda um psicanalista disponível. Se bem que nem psicanálise conseguiu melhorar a Lya. Nem como escritora e nem para desinflar.


sábado, junho 09, 2007

Hoje vou publicar um texto do Luis Gómez, um argentino que até não é mau. Muito oportuno o texto aliás, para a época atual. Texto na íntegra com eventuais erros de ortografia que só argentinos podem ter.

Vamos a ele.

A Volks e os professores das federais


Porque a Volks deveria contratar professores das Federais?


Comportamento

Trabalhador da Volks: Sabe que é assalariado.
Professor das Federais: Acha que não é trabalhador, age como se não tivesse contas a pagar no fim do mês (parece argentino).

Veja os seguintes “cases”:

Caso 1:

Faltam peças na linha de montagem....
Trabalhador da Volks: Pára tudo e agradece a São Jorge.
Professor das Federais: Vai até a loja de peças e compra com dinheiro próprio as peças que faltam.

Caso 2:

Dois trabalhadores montavam o painel do carro, garantindo um ajuste perfeito. Um se aposenta....

Trabalhador da Volks: Pára tudo, agradece a São Jorge e só volta a trabalhar quando tiver um novo parceiro
Professor das Federais: Tenta colocar o painel sozinho, não fica muito bom.... mais dá pra passar...

Caso 3:

O eletricista da fábrica se aposenta, o trabalhador era especialista em motores....

Trabalhador da Volks: Pára tudo, agradece a São Jorge e só volta a trabalhar quando tiver um novo eletricista.
Professor das Federais: Além do motor, passa a fazer também a parte elétrica...

Caso 4:

Com 70% do pessoal a gerência pede produzir 10% a mais de carros....

Trabalhador da Volks: Pára tudo, agradece a São Jorge e só volta a trabalhar se ganhar produtividade.
Professor das Federais: Acha bom.

Caso 5:

A montadora decide produzir um novo modelo (o PÓS) . O Pós é muito mais difícil de produzir, requer trabalhadores muito mais capacitados, requer muito mais horas de produzir. A empresa decide não criar outra linha de produção e vai a usar a mesma linha que a linha do modelo antigo, o GRAD (A linha GRAD já está saturada), não contrata mais trabalhadores, não aumenta o salário, nem dá novas ferramentas ....

Trabalhador da Volks: Pára tudo, agradece a São Jorge e só volta a trabalhar quando ganhar produtividade, mais trabalhadores, nova linha de produção etc..
Professor das Federais: Acha bom.

Cuidado!!! A montadora quer produzir mais três modelos: o BASIC, um modelo de plataforma única, que vai a sobrecarregar a linha de montagem, porque os outros modelos continuarão a ser fabricados, o NOTURNO (este novo modelo é chamado carinhosamente de RICARDÃO...), um modelo de péssima qualidade que garante que não vai a levar ao dono a lugar nenhum e o OESTE, o novo modelo será fabricada numa linha de produção distante 600km da linha principal e alguns operários deverão se
deslocar 2 dias por semana para trabalhar na nova linha de produção (ver Viagens
de Serviço abaixo)

Caso 6:

O tempo dado para montar uma caixa de câmbios não alcança....

Trabalhador da Volks: azar da empresa. Sai as 17Hs e vai com os amigos a tomar uma cervejinha...
Professor das Federais: Leva a caixa de câmbio para terminar de montar em casa...


Salário

Volks:
Salário + horas extras + produtividade + participação nos lucros + periculosidade + seguro + plano de saúde + transporte + vale alimentação + uniforme + clube/academia + saúde ocupacional + etc.
DAS FEDERAIS: Salário (salário 20% + gratificações 80%) + vale alimentação (0,12 vezes o valor do vale alimentação da Volks)

Volks: O custo do funcionário para a Volks é 2,8 vezes o salário bruto pago ao funcionário: Fundo de Garantia, INSS, Sistema S etc..
DAS FEDERAIS: O custo do funcionário para a DAS FEDERAIS é 1 vez o salário bruto pago ao funcionário


Aposentadoria

Volks: INSS + Fundação (aproximadamente 95% do salário da ativa) . Mais a bolada do Fundo de Garantia.
DAS FEDERAIS: INSS (Mesmo contrariando a crença popular: aproximadamente 80% do salário da ativa... e caindo...)


Sindicato

Sindicato Volks: É ponto de honra para o sindicato obter no mínimo a inflação de período.
Sindicato DAS FEDERAIS: Tanto faz, deixamos sem reajuste vários anos e depois pedimos reposição de 1/5 das perdas. E ainda da forma de “Gratificação”

Sindicato Volks: É ponto de honra para o sindicato obter no mínimo a inflação de período.
Sindicato DAS FEDERAIS: Se conforma com recuperação de 20% da inflação oficial, e aceita criar uma nova faixa salarial (à qual só tem acesso 20% dos seus trabalhadores), colocando a responsabilidade da falta de aumento nos próprios trabalhadores que não atingem a qualificação ou o tempo de serviço. Alias o aumento nessa nova categoria é de 10%, os outros 70% o rato comeu.... Dentro de 7 anos o será criada uma nova categoria desta vez a dos professores com mais de 2 m de altura que ganharão 10% a mais que os mais baixinhos....

Sindicato Volks: Luta contra trabalhadores temporários e terceirizados.
Sindicato DAS FEDERAIS: Pede aumento para estes trabalhadores.

Sindicato Volks: Tem como foco o interesse dos seus trabalhadores.
Sindicato DAS FEDERAIS: Tem interesses diversos: a guerra no Iraq, revolução da Angola de 68, prisão de bêbado, proteção dos Pingüins nas praias da Austrália, Golpe de 64, as maravilhas da Venezuela chavista, shopping center novo etc.

Sindicato Volks: Exige a igualdade de tratamento e trata igual todos os trabalhadores (próprios e terceirizados) no chão de fábrica...
Sindicato DAS FEDERAIS: Acha normal ter 50% dos trabalhadores com uma Estrela de David costurada nos macacões (como na Volks do século passado), já que decisão judicial e ordem de Hitler não se discutem...
Ainda trata a estes trabalhadores de não-dignos, sem-dignidade ou indignos

Sindicato Volks: Fica distante de movimentos que nada tem a ver com o interesse dos seus associados. Rainha e Steidile só entram na Volks se vão a comprar carros...
Sindicato DAS FEDERAIS: Convida os marginais para dar palestras, pagando as passagens e publicando entrevistas e manifestos de MABs e MSTs nos jornais do sindicato...


Viagens a serviço

Volks: Gasta o que precisar, traz as notas e a Volks reembolsa... .
DAS FEDERAIS: Diária: R$: 110,00 * # & @ (não é xingação.. são chamadas)Passagem: 10% Depto, 10% Pós,30% Centro, 50% por conta do empregado.
Translados, táxis etc.: 100% por conta do empregado.

(*) (Número de Diárias) = (Número de dias fora) /2
(#) São descontados R$4,00 reais do vale alimentação por dia
& 80% de esse valor se a vigem iniciar depois ou terminar antes do meio dia.
(@)Uma diária de hotel em São Paulo começa em R$200,00

Volks: Vai e volta logo..Precisamos de você na empresa..
DAS FEDERAIS: Olha tem uma promoção,... quem sabe tu não ficas dois dias fora do trabalho para economizar na passagem.



Segurança

Volks: Não se tem noticias de estupros nem de roubo de carros nos estacionamentos da Empresa.
DAS FEDERAIS: ...

Volks: Não se tem noticias de empregados nem a diretoria da Empresa serem tomados reféns ...
DAS FEDERAIS: Os seqüestradores saem pela porta da frente e sem nenhum tipo de processo, voltando às suas atividades normalmente no dia seguinte... ainda o sindicato dá apoio legal para estes criminosos alegando que a toma de reféns para se obter vantagens (crime hediondo segundo o Código Penal) é um “movimento social”...

Volks: Não se tem noticias de tráfico de drogas nas instalações da empresa ... .
DAS FEDERAIS: Esta prática parece normal e até é incentivada por alguns dirigentes, e , é claro, defendida pelo sindicato...

Volks: Fornece todos os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual (capacetes, luvas etc. )) Nenhum empregado entra na linha de montagem sem EPIs.
DAS FEDERAIS: ... ( Deus deve ter sido Professor das Federais e está protegendo professores, funcionários e alunos de morrerem ou serem mutilados nos laboratórios...)


Ferramentas

Volks: Fornece todas as ferramentas necessárias para fabricar o melhor carro possível. Tem pessoal para manter as ferramentas no melhor estado possível.
DAS FEDERAIS: Não fornece as ferramentas. Trabalhadores tem que fazer bicos fora (na forma de projetos de pesquisa ou extensão) para comprar suas ferramentas e insumos. Os melhores trabalhadores, de alguns setores, ganham as melhores ferramentas, salário adicional e ajudantes(bolsistas) e, conseqüentemente, fazem trabalhos melhores e ficam melhores e ganham melhores ferramentas e mais ajudantes... em quanto isso os trabalhadores normais...