A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

domingo, julho 09, 2006

Pois eu já falei aqui sobre a Panela. Aquela lista de discussão que tem um monte de loucos mentirosos. Uma fauna. De engenheiro à psicanalista freudiano, passando por médicos, jornalistas e vadios. Na panela só não vale discutir a própria e futebol sobre o prisma de torcedor. Aquela história que acaba sempre em bate boca.

Rolam umas coisas inacreditáveis na Panela que não podem ficar circunscritas aos seus poucos membros. Por isto vou contar algumas aqui.

Um famoso psiquiatra e psicanalista Freudiano de Porto Alegre foi operado. Ele conta:

Estava internado a espera de uma cirurgia. Usando aquele avental cirúrgico que não esconde nada, estava lá com minha falta de botões, pensando na vida. Eis que, de repente, entra no quarto uma moça muito bonita, paramentada de enfermeira. Um colírio para os olhos. Bem, se eu morrer, pelo menos o último rosto foi bonito. Refeito do impacto, olhei para as mãos da menina e vi alguns aparelhos de barbear, desses portáteis, uma lâmina, o mais baratinho possível. Acompanhando meu olhar ela falou: vim para fazer a depilação.


E tem gente que diz que Deus escreve certo por linhas tortas. O cara lá, quase morrendo, uma cirurgia com 20 % de probabilidade de sair com vida e entra a melhor enfermeira da cidade. Quando é gripe só entra mocréia. Mas continuou o psicanalista Freudiano:

Eu havia esquecido desse detalhe. Solicitou que eu abrisse o avental e se pôs diligente a me depilar. A depilação ia do tórax até metade das coxas. Lá estava eu, nuzinho e aquela moça bonita meio que deitada sobre mim, utilizando o tal aparelhinho.


Mas também sorte é para quem tem. E depois, ninguém pode ser Freudiano impunemente nesta vida. Afinal, aqui se faz, aqui se paga. Segue a história o Freudiano:

Ah! Isso não vai acabar bem. Comecei a me concentrar na defesa do Grêmio, na plantação de tomates etc. E a tal depilação não andava. Gentilmente solicitei que me fornecesse um aparelho e passei a auxiliá-la. Mesmo assim a coisa ia se prolongando. A cirurgia devia começar em cerca de 1h e meia e cheguei à conclusão que não ia dar tempo. Perguntei a ela, se não tinha algum colega que pudesse ajudá-la. Ela saiu e voltou com um rapazinho que se atirou com fúria contra meus pelos.


Pois então? O sujeito no céu e resolve ir para o inferno. Será que Freud explica?

A mocinha, não sabendo bem o que fazer, segurou no meu pistolin (em italiano, para não reconhecerem do que se trata) e levava pra esquerda, pra direita e eu suando frio. O caldo entornou de vez quando ela, muito prestimosa, resolveu afastar alguns pelos recalcitrantes.


Claro, até um Freudiano reage como homem numa situação destas. E o esperado aconteceu:
Novamente debruçou-se sobre mim e começou a assoprar. Imaginem a cena, eu deitado, uma moça segurando meu único imóvel e assoprando. Claro, ele começou a deixar de ser imóvel. Aí ela corou e eu olhei para o alto, mas imbuída da missão que lhe confiaram, ela não o largava. Foi um misto de sufoco, prazer e vontade de cair na gargalhada. Moral da história: esqueci a cirurgia. Perguntei para o cirurgião se tinha dado vexame. Ele riu e disse que isso acontecia. Um outro gringo, ao ser preparado, de repente ficou com o membro duro e falou: moça, pode deixar que ele agora se garante.

Amanhã conto outra. Ainda mais interessante. Sem falar numa incrível história das formigas que contam os passos e de uma entrevista sobre flatos que esclarecerão tudo o que vocês não sabem.

2 Comments:

  • At 4:28 PM, Anonymous Anônimo said…

    Que horror! Roubar uma história do Walmor ...

     
  • At 4:28 PM, Anonymous Anônimo said…

    Que horror! Roubar uma história do Walmor ...

     

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