A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

segunda-feira, setembro 26, 2005




Pois após a fundação leve, as paredes boas, vem o revestimento. Entre os revestimentos, nenhum presta-se melhor para o reaproveitamento de resíduos do que a argamassa.

Você, leigo, deve saber que argamassa é uma mistura de cimento e areia, adicionados de cal e/ou aditivos. E quando se fala aditivo, o campo fica fértil para o uso de resíduos.

Os aditivos, geralmente, tem a função de facilitar a aplicação da argamassa. Assim, a cal, por exemplo, deixa mais fácil o espalhamento da mesma na parede, entre outras vantagens. Ajuda a evitar a retração do cimento, fenômeno que causa patologias como fissurações e trincas.

Neste contexto, o uso de lodo industrial com metais pesados aparece como bastante interessante e viável. O lodo industrial, geralmente é pastoso, melequento mesmo. Adicionado à mistura de cimento e areia, certamente facilitaria imensamente o trabalho do pedreiro na aplicação.


Mas o mais importante vem agora. Além da ajuda na solução do problema ambiental que o uso deste material trará, econômica e estéticamente seria uma solução impecável. Afinal, o lodo apresenta uma cor azul esverdeada. Fácil perceber que se obterá considerável economia de tinta.

Ainda na mesma linha, propõe-se também a investigação para viabilização do uso de argamassa com agregados de resíduos de E.V.A. Este usado teria a vantagem adicional de se usar material importado (o E.V.A.) sem a necessidade de pagamento de royalties aos gringos.

As duas idéias acima são da Margaret e do Marcelo. Mas um leitor atento deste blog, o Mahai, especialista em química, sugeriu também o uso de habitações populares para o reaproveitamento de material radioativo de para-raios desativados assim como de cápsulas de Raio-X. Quanto a estes, recomendo um certo cuidado. Material radioativo sempre trás uma certa polêmica. Existem alguns puristas que torcem o nariz e dizem que podem ser prejudiciais à saúde. Não acreditamos muito nesta hipótese. Mas por via das dúvidas, como está prestes a ser posto em uso o fosfogesso, material com radioatividade comprovada, na construção de paredes para casas populares, recomenda-se observar as implicações decorrentes antes de popularizar o uso dos materiais mencionados acima.


Nunca é demais esquecer que o governo goiano, parece, ainda não sabe o que fazer com aquele lixo atômico descoberto por lá anos atrás. Seria um material com custo muito baixo para aquisição. O uso poderia ser proposto, neste caso, para a execução de muros e paredes de presídios, já que conferiria o benefício da auto-iluminação permanente. Também poderia ser interessante para construção de gabinetes de deputados.

Voltamos com o uso de cocô e também com a avalição pós ocupação.

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