O Brasil, todos sabem, saiu da ditadura para o democratismo. Democratismo, todos sabem, é o regime em que, para decidir o pão que se vai comer na janta por exemplo, é necessário uma assembléia.

Por conta do temperamento e da falta de têmpera e mais algumas coisas do Sarney (pior presidente da história do Brasil) viveu-se uma era de anarquia.


Aí o PT veio vindo, veio vindo e chegou. Chegou com sede, com fome voraz e não quer largar mais o prato. O aparelhamento do estado está aí para quem quiser ver. E o próximo presidente vai ter que ser muito macho para conseguir desmanchar a teia montada pela petezada. Por conta disto, estamos muito próximos de um retorno à ditadura. Não vê quem não quer ver.

Mas tem mais uma coisa que está passando do limite. Tem mais um setor da sociedade que está pondo as manguinhas de fora querendo mandar em tudo. Chama-se ministério público. Se não todo, uma boa parcela dele.

Usam as prerrogativas para interferir em assuntos que não lhes diz respeito, com todo o respeito.


Por exemplo: o ministério público quis interferir na novela Páginas da Vida que terminou há uma semana. Não vi a novela mas li que o ministério público tentou interferir no enrêdo. Na verdade até interferiu, porque consta que a Globo atendeu algumas solicitações do ministério. Mas parece que acharam insuficiente e querem processar a emissora e o autor.

Pois isto me arrepiou até os cabelos que não tenho no peito. Se um elemento com formação de direito não consegue distinguir realidade de ficção e acha que tem o poder de interferir em uma história fictícia, o que ele pensa que pode fazer sobre fatos reais?

E sabe o que é o pior de tudo? A "sociedade", este ser molenga e mulambento que muitos até não acreditam que exista, assiste tudo como se não fosse com ela. Até os grilhões se fecharem. Aí o choro e ranger de dentes não vai adiantar mais nada.