A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

sábado, dezembro 03, 2005

Não vejo mais você a tanto tempo
Que saudade que sinto ...


Pseudo-intelectual gosta sempre de iniciar um texto citando alguém que, provavelmente, não leu. Tem um babaca que foi candidato a reitor na UFSC que manda tijolos para os professores. Invariavelmente começa citando Gramsci.


Pior ainda é intelectual de esquerda. Intelectual comunista pensa que tem o dom de saber o que é bom, ou pelo menos de saber o que o "povo" deve ouvir. Uma vez o filósofo Joãozinho Trinta disse que pobre gosta de luxo e intelectual gosta de lixo. Nada mais errado. Intelectual ou não de esquerda gosta de luxo, desde que seja para ele. Estão aí o Land Rover e o Delúbio, entre outros, de exemplos.

Mas a verdade é que estes seres superiores torcem o nariz se alguém diz que olha novela, ou lê Sidney Sheldon ou Paulo Coelho. Eu detesto o Paulo Coelho, mas por questão de gosto, não porque um babaca destes diz que o cara é ruim. Mas sim, eles se justificam na ideologia, que manda controlar o cidadão. O estado está acima do indivíduo e os fins justificam os meios.

Isto é vero até que um suposto intelectual decide sair do armário. Anos atrás um deles falou que adorava os Trapalhões. Foi o que bastou para que Didi, Dedé, Muçum e Zacarias passassem a ser considerados bons. Viraram cult. Eu, que me divertia com eles todos os domingos me senti menos culpado. Afinal, se eles faziam programas para intelectuais eu, gostando deles, talvez pudesse me considerar um também.

Se este problema existe na literatura e na televisão e cinema, na música a situação é ainda pior. Quanto mais hermético o cara compõe, quanto menos música ele faz, mais é incensado pela crítica engajada. À exceção, é claro, quando fica evidente a idiotia da crítica. Por esta razão, nenhum destes malha o Mozart e sua música melodiosa e, muitas vezes, melosa. Mozart é Mozart. Ponto final.

Escrevo tudo isto para dizer que, embora Mozart seja minha preferência, eu gosto do Odair José, do Peninha, do Dalton e, claro, do Roberto Carlos, especialmente dos anos 70 e 80. Gosto também do Zezé di Camargo, embora esta veio petelha que eles têm. E daí? Daí nada. Eu prefiro qualquer um deles a um Chico por exemplo. Porque este é mais falso que nota de 3 e meio reais.

Se você está chocado o problema não é meu.

Ah, mas aposto que você também gosta do Odair José, do Peninha e do Roberto Carlos. Afinal, o Caetano não gravou música deles?

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar

(...)
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer


Isto não é bonito, é? Bonito é "A abelha fazendo mel, vale o tempo que não voou!" É ...
Vai ver que é ...

2 Comments:

  • At 12:54 PM, Anonymous Anônimo said…

    De fato.
    Mais monótono, chato e previsível do que intelectualóides de esquerda, só críticos direitosos.

     
  • At 9:26 AM, Blogger Arigatô said…

    Sem essa. O Chico é o Chico. O maior de todos.

     

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