Outro causo que surgiu na panela, contado por médicos tem relação com um tal de Knutson Clamp. Este aparelhinho prosaico aí do lado, parecido com um saca-rolha. Pois é, só que não é saca-rolha.
A história é a seguinte, conforme narrado por um médico e traduzido (entre parênteses) por mim:
Existe um exame que se chama uretrocistografia (esta eu não sei traduzir) retrógrada, usado para avaliar a integridade da uretra masculina (o saco), que é feito com um negócio chamado "aparelho de Knutson" em homenagem a um radiologista sueco. O "knutson" é um instrumento medieval que consiste num garfo revestido por borracha que abraça a glande (a ponta do bicho) por trás, e tem um cone de borracha que é introduzido no meato uretral (bem onde estás pensando) por onde se injeta contraste radiológico com uma seringa enorme, para opacificar a uretra e a bexiga e obter radiografias, ao mesmo tempo em que se puxa o pistolin para entender a uretra em uma posição adequada para a radiografia.
Entenderam? Vocês mulheres são incapazes de imaginar o alcance desta tortura. Nem eu, para dizer a verdade. Mas deve ser bem pior do que se possa pensar. Mas segue a história do médico:
Um dia, anos atrás, em POA (que alguns dizem POÁ), uma técnica de radiologia, uma mocinha meiga, veio me chamar (o médico contador da história) para ver o que estava acontecendo com um paciente mais idoso durante uma uretrocistografia. Eu fui até a sala de exames e vi o paciente deitado na mesa com o Knutson engatado no pistolin ainda com um certo grau de ereção (isto é, ainda meio duro), e dentro da seringa um volumoso liquido esbranquiçado viscoso, que a mocinha não conseguia identificar. Ela me disse também que aquilo tinha acontecido após o paciente ter uns tremores estranhos. Como as imagens obtidas tinham sido adequadas, eu coloquei as luvas, retirei o aparelho, dei por encerrado o exame e expliquei que o paciente "provavelmente" tinha tido uma ejaculação durante a manipulação do aparelho.
Neste ponto é obrigatório um comentário: Tem de ser gaúcho para numa situação destas dar o retorno adequado. Fosse qualquer outro frouxo nascido acima do Mampituba e estaria chorando desesperado.
Mas o médico testemunha, e agente também, do causo ficou com uma dúvida atroz e com uma tese.
Até hoje eu não entendi bem que tipo de manipulação ela fez, mas em todo o caso esse episódio veio a comprovar que: saudade não tem idade, que até o temeroso aparelho de Knutson poder ser usado para obter prazer, e que a mocinha era muito burra ou muito esperta.
A propósito, ela passou a ser conhecida no serviço como "mãos de veludo" e todos queriam fazer uretrocistografias com ela.
É.
1 Comments:
At 5:30 PM, Filipe Limas said…
Fazia tempo que não lia esse blog. Muito boas as histórias.
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