A Vaca e o Brejo

Vaca no brejo é rua sem saída, porta sem trinco, é cobra fumando.

sábado, abril 29, 2006

A Fernanda é minha leitora mais assídua. Acho que ela acessa A Vaca mais do que eu. Diz que adora o blog. O fato de ser minha bolsista não significa que ela faça isto por puxa-saquismo. É porque A Vaca é boa mesmo.
Aí que ela entrou no msn e eu falei que ela poderia escolher o assunto para este post. E ela escolheu um causo. Mas não é causo de polícia e nem erótico. É sobre viagem.

Interessante isto. Como as pessoas gostam de viajar. Tem um professor na UFSC que viaja tanto na maionese, que o nome dele virou Wilson Viagem. Mas eu acho ele legal. Tem um outro cara na panela que viaja na maionese. O nome dele é Julio. Prometeu mandar uns assuntos aí para eu publicar aqui.

Eu ando meio de saco cheio de viajar. Nas últimas semanas passei mais tempo fora do que em casa. Viagem boa é aquela de férias, sem compromisso.

Como uma vez que fomos para a Grécia. Quinze dias de Grécia. Alguns passeios maravilhosos. É estranha a sensação de se estar na Grécia. O Brasil é um país, se é que pode se dizer isto, com 500 anos. As casas mais antigas não passam de 150, 200 aninhos. Crianças.

Quando se trilha os caminhos e se olha as ruínas gregas não se pode deixar de tentar imaginar como era a vida 2000, 3000 anos atrás. Eu falei tentar, porque é impossível de conseguir.


Delphi, Epidauros, são lugares que ficam para sempre na memória. Assim como ficou o hotel em que ficamos numa praia a 30 km de Atenas. E uma tour Atenas By Night. Aquela coisa bem para turistas, que não podia deixar de incluir um jantar típico. Razoável o jantar. De cinema a cena de 4 inglesas gordas colocando na bolsa uns pães já mais para duro servidos de entrada. Nenhuma vergonha ou pudor.

Na volta um francês resolveu fumar charuto dentro do ônibus. Naquela época, a praga do politicamente correto ainda era coisa de amadores. E foi também a única vez que tentei falar alemão. Uma coroa alemoa perguntou se eu falava alemão.

Mas é claro. Ich liebe dich, eu falei. Foi quando a Leca me deu um beliscão. Se ainda ela fosse boa. Se bem que o vinho grego é tão ruim que transforma mocréia em gata. Pensando bem, em certas situações vinhos ruins podem virar bons.



Taí ó Fernanda. Contei um causo. E de viagem.

quarta-feira, abril 26, 2006


Desde segunda cedo estou trancado num hotel no Flamengo. Projetos das 8 da manhã até as 8 da noite.

É sempre assim. Nunca vim ao Rio como turista.

Da janela da sala de reuniões, bem em frente, o bondinho sobe e desce entre o Pão de Açucar e a Urca.

Está curioso? Clica aqui.

O Rio não é uma cidade. É uma paisagem.
E tome projetos.

Hoje consegui sair para uma caminhada no final de tarde. Fomos pela praia até Botafogo. No meio do caminho, nós em 3, passamos por umas árvores. No escuro, se enxergava 1 elemento parado em baixo de cada árvore. Eram uns 6. Muito estranho. Na volta, passamos ao largo e lá estavam eles, parados embaixo das árvores. Deve ser um novo tipo de meditação noturna.

Hoje recebi um e-mail na Panela. Era da To. Pois falando em Rio e em cidade maravilhosa, Paris não tem paisagem, mas é uma cidade. Talvez a melhor.
Pega um vôo da Varig e vai até lá, enquanto ainda dá.
Enquanto isto curte .

sexta-feira, abril 14, 2006


Por que a Páscoa tem coelhinho que distribui ovos? Não seria mais lógico uma galinha? Desde quando coelho põe ovos? Todo mundo já se fez esta pergunta. Nenhuma resposta satisfatória até hoje. Talvez se encontre algo no Evangelho segundo Judas Escariotis, esta relíquia que foi encontrada em Criciumal, a terra de Danrlei. Eu prefiro acreditar na resposta de Kant ao enigma.

Kant sofreu duas influências contraditórias: a influência do pietismo, que parece mas não é petismo (graças ao bom Deus) místico e pessimista (que põe em relevo o poder do pecado e a necessidade de regeneração) e a do racionalismo (aquele que falta para as mulheres e para os políticos brasileiros).

Ele descreveu muito bem a parceria Batman e Robin. Robin foi o filho que Batman não conseguiu parir, segundo Kant. Por isto Batman foi sempre esta mãe zelosa e autoritária. E Robin, coitado, sofreu com isto, ao ponto de não saber nem escolher a cor do batom e do blush que usava sempre ao sair.

Mas podemos traçar facilmente, usando a teoria de Kant um paralelo entre Batman e Robin com Lulla e o "astronauta" brasileiro, o mais novo herói nacional.

Batman, em seus delírios pós heroína, precisava de uma muleta com porta de entrada. Muito mais do que com saída, segundo dizem. E lá estava Robin para acolhê-lo sem maiores gemidos ou medos.

Lulla, ao contrário, precisa de uma porta de saída. De preferência honrosa, mas se não der, pode ser uma corda que o leve do navio desgovernado para a terra firme. É aí que chega o astronauta. Ele pode ser o caminho, a verdade e, com muitas dúvidas, a vida, ou a re-encarnação, como preferirem.



Assim, Lulla, em seus pesadelos pós 51 pensa ter boas idéias. Será? Eu já acho que o tiro pode sair pela culatra.

Até porque, pelo que vimos até agora, o "astronauta" aparenta uma dignidade, talvez inesperada e certamente desconhecida pela turma do Lulla Babá.

Duvida? Pois todos leram que no momento em que o "astronauta" foi falar com o Lulla Babá um "diretor de cena" vejam só, dava ordens para ele flutuar. Pode? Neste país pode tudo. Só que, mal treinado ou muito provavelmente pego de surpresa, o "astronauta" balançava a cabeça dentro do capacete numa estranha dança cibernética.

Tirando este pequeno problema, temos que admitir que o cara até agiu com dignidade. Quando o Lulla Babá disse que o esperava com festas ele disse que "também estava com saudade e ansioso para voltar e abraçar o povo brasileiro". Ou seja, se descolou do Lulla Babá.

Só acho que ele perdeu uma chance de ouro. Poderia ter perguntado: querido presidente, Vossa Excia. que nunca sabe de nada, como descobriu que eu estava no espaço?

domingo, abril 09, 2006


Eu já sabia!!!!!!!

domingo, abril 02, 2006

O Brasil é um país sem cura. Definitivamente. O brasileiro perdeu toda e qualquer compostura.

Ontem, por exemplo, dia primeiro de Abril, aquele que dizem ser o melhor juiz do Brasil se fez de bôbo. Porque só um bobão para, perante milhões de assistentes, "errar" tanto. Sempre contra o mesmo time. O tal de Simon deveria ganhar o Troféu Peroba. Uma "rica" criatura. Longa vida ao cretino. Longe dos jogos do Grêmio, por favor.

Mas eu, como chupim do talento alheio transcrevo, porque também sou generoso e acho que vocês merecem compartilhar, o Arnaldo Sisson de panela restrita.

Fala Sisson:

Está na reta de acontecer um movimento mundial pelo ateismo em todas as suas formas, das mais brandas as mais furiosas, o pandeismo(?) entre elas. "Orfãos de Cristo", "Filhos de Niguém", "Libertados da Fé", etc...

Aqui eu, meio com frio, mas resistindo a por mais roupa por continuar aqui. Coisa perfeitamente estúpida que vou rearranjar já. Com café, truque de suportar o gosto horrível do cigarro, e mais companhias voltarei. Pronto.

Estou munido de diversos ângulos para olhar o texto e considerar seus rumos. Já não há frio. Nem gosto ruim. O dia está nublado, mas ontem foi ótimo. Uma fêmea de sugar a paz do recinto apenas cruzou pelo balcão. Todos atingidos pelas largas possibilidades de um olhar de por trás das entes escuras, sorriram, inclusive mulheres. Expeliu sensualidade no ambiente e foi-se dali e da história.

Evidentemente garota de programa, das mais caras. E dai? Gosto delas. Vendem o corpo? E os intelectuais não vendem o que pensam? Ou será que o impoluto aquele não vive do que escreve? E o peão de obra? E a dona de casa?

Por isso é que não funciona... todos se prostituem...

Pensando sobre a vontade de fazer coisas, quaisquer sejam, deparei com a intenção e logo ali encontrei a volição e perdi o fio da meada. O café acabou e andar pela praia, tudo meio cinza, também é ótimo.



Como dizem alhures: Obrigado Arnaldo pela sua participação.