Pois no fim de semana passado tomei coragem. Aproveitei as passagens de 50 pilas da Gol, peguei mulher e filho e fui checar aquele clima miserável de Porto Alegre.
Mas não é que não estava ruim? Nada de frio infame seguido de calor africano. Nada de chuva. Muito bom mesmo.
Melhor foi o passeio de sábado. Junta irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos e sai o comboio para Bento Gonçalves. Vale dos Vinhedos. E nem lá estava frio.
Na chegada demos uma de turista. Fomos visitar a Vinícula Aurora. Cerca de 100 pessoas seguiam a guia, de leve sotaque "cassiense", que em meio a pipas e tonéis dava explicações sobre fabricação de vinhos. De repente estávamos no meio de mais de uma dezena de tonéis, cada um armazenando milhares e milhares de litros de vinho. Milhões de litros no total. E a guia falando:
Um frio passou pela espinha. Fiquei a imaginar que morte inglória seria afogar-se em milhões de litros de Sangue de Boi. Dei um jeito de sair de fininho. A degustação era em copos plásticos. Clos des Nobles era o top de linha. Um suquinho básico e deu.
A tarde fomos para as vinícolas de verdade, apesar de uma passada rápida na Miolo.
Na Don Laurindo, degustação generosa do Tannat, o melhor vinho do Brasil hoje. Disparado. Tomamos também o ancelotta e um vinho do porto que não faz feio. Grande vinícola a Don Laurindo.
De lá, para a Don Cândido. Aí fico a pensar: italiano é mafioso mesmo. Todo mundo é Don isto, Don aquilo. Mas voltando ao roteiro, na Don Cândido o próprio atendia no balcão. Duro de negócio o carcamano, mas fechamos com bom desconto. Marselan foi o escolhido para trazer para casa. Grande vinho. De quebra um aceto balsâmico que não deve nada para os originais.
Uma pequena rateada na hora da foto obrigatória com Don Cândido:
- Tati, bate uma foto nos com o Don Laurindo.
Ele é negociante dos bons. Fez que não ouviu.
Melhor de tudo foi o almoço. Na entrada da cidade fica o Giuseppe. Todo de pedra serve galeto e um queijo à dorê de comer ajoelhado. Um vinho caseiro para lá de honesto. Excelente atendimento.
O nosso garçon, um gurizão na casa dos 18 anos ia e vinha, e ia e vinha. Numa destas percebi atrás da gola duas manchas suspeitas. Muito suspeitas. Percebi que estava todo mundo curioso. Quase no final chamei o cara:
- Me diz uma coisa tchê, tu não estás namorando muito?
- Eu não! respondeu enérgico. E saiu todo sem jeito para tentar esconder um pouco melhor aqueles dois chupões na lateral do pescoço.
Estes gringos são mafiosos mesmo.
Mas não é que não estava ruim? Nada de frio infame seguido de calor africano. Nada de chuva. Muito bom mesmo.
Melhor foi o passeio de sábado. Junta irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos e sai o comboio para Bento Gonçalves. Vale dos Vinhedos. E nem lá estava frio.
Na chegada demos uma de turista. Fomos visitar a Vinícula Aurora. Cerca de 100 pessoas seguiam a guia, de leve sotaque "cassiense", que em meio a pipas e tonéis dava explicações sobre fabricação de vinhos. De repente estávamos no meio de mais de uma dezena de tonéis, cada um armazenando milhares e milhares de litros de vinho. Milhões de litros no total. E a guia falando:
Aqui é deixado maturando o vinho Sangue de Boi.
Um frio passou pela espinha. Fiquei a imaginar que morte inglória seria afogar-se em milhões de litros de Sangue de Boi. Dei um jeito de sair de fininho. A degustação era em copos plásticos. Clos des Nobles era o top de linha. Um suquinho básico e deu.
A tarde fomos para as vinícolas de verdade, apesar de uma passada rápida na Miolo.
Na Don Laurindo, degustação generosa do Tannat, o melhor vinho do Brasil hoje. Disparado. Tomamos também o ancelotta e um vinho do porto que não faz feio. Grande vinícola a Don Laurindo.
De lá, para a Don Cândido. Aí fico a pensar: italiano é mafioso mesmo. Todo mundo é Don isto, Don aquilo. Mas voltando ao roteiro, na Don Cândido o próprio atendia no balcão. Duro de negócio o carcamano, mas fechamos com bom desconto. Marselan foi o escolhido para trazer para casa. Grande vinho. De quebra um aceto balsâmico que não deve nada para os originais.
Uma pequena rateada na hora da foto obrigatória com Don Cândido:
- Tati, bate uma foto nos com o Don Laurindo.
Ele é negociante dos bons. Fez que não ouviu.
Melhor de tudo foi o almoço. Na entrada da cidade fica o Giuseppe. Todo de pedra serve galeto e um queijo à dorê de comer ajoelhado. Um vinho caseiro para lá de honesto. Excelente atendimento.
O nosso garçon, um gurizão na casa dos 18 anos ia e vinha, e ia e vinha. Numa destas percebi atrás da gola duas manchas suspeitas. Muito suspeitas. Percebi que estava todo mundo curioso. Quase no final chamei o cara:
- Me diz uma coisa tchê, tu não estás namorando muito?
- Eu não! respondeu enérgico. E saiu todo sem jeito para tentar esconder um pouco melhor aqueles dois chupões na lateral do pescoço.
Estes gringos são mafiosos mesmo.